quarta-feira, 6 de julho de 2011

Projeto de lei deseja criminalizar jogos

Um projeto de lei do senador Valdir Raupp (PMDB-RO) propõe que a fabricação, distribuição e vendas de jogos eletrônicos "ofensivos" sejam considerados crimes e enquadrado na lei nº 7.716, que se refere a crime de preconceito. No final de 2009, o projeto passou pela aprovação na comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado. O senador Raupp defende a ideia de que jogos violentos são os motivos de crimes como o que ocorreu na escola de Realengo, no Rio de Janeiro.
Questionado pela reportagem da Folha de São Paulo sobre mais alguns casos do tipo e sobre a classificação indicativa dos jogos o senador Raupp não soube responder. Uma dificuldade do projeto é como classificar jogos violentos dos não violentos. Para ser aprovado, o projeto ainda precisa passar pelo plenário, pela Câmara e chegar a presidência da República.
Uma lei semelhante foi barrada nos Estados Unidos, foram sete votos contra dois na Suprema Corte do país. A decisão foi comemorada por gigantes como Microsoft, Sony, EA e Disney. Anualmente a industria de games americana fatura  U$10,5 bilhões
Em um país com tantos problemas e deficiências, ainda existem pessoas que encontram tempo para criar projetos sem tanta importância. Criminalizar jogos violentos de fato não é a solução para o fim da violência nos país. Proibir a vendas de jogos baseado nesse princípio seria o mesmo que proibir a violência nas novelas brasileiras, veiculação e venda de filmes violentes, barrar produções cinematográficas milionárias no Brasil, diversos seriados na Tv a cabo entre outras dezenas de sites com conteúdo violento. A industria de jogos eletrônicos cresce no mundo inteiro, mas parece que o Brasil está indo no caminho contrário e projetos como o Jogo Justo não passam apenas de um sonho para os milhares de jogadores brasileiros. Já está mais do que na hora de perceber que os consoles são apenas mais uma forma de diversão entre tantas outras. O jeito agora é tomar cuidado ao ligar o console, pois podemos ser presos como verdadeiros bandidos.
E ainda há quem diga: Brasil um país de todos...

Fonte: Folha de São Paulo.

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